sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Aceitação

Já deu.
Agora não quero mais.
Foi bom. Era muito bom. Que saudade! Quero de novo.
Quero nada.
Agora é outra.
Pensando bem...
Não, não quero. Passou mesmo?
Passou? Não Volta?
Não. Não. Não. Não. Não.
Foi bom naquela época.
Os olhares. Os desejos a você. Ego lá pra cima. Sobre todos.
Desfile e abuso. A arrogância dos vitoriosos da fugacidade. Dos que olham sem mostrar que olham. Dos que sabem fazendo desconhecer.
Bom demais. Sensação de vitória.  Sacrifício recompensado. Dever cumprido.
Eu. Eu. Eu. Eu. Eu. Eu. Eu.
Acima de tudo: eu sou o que há! Estou sobre.
Os felizes, abençoados, sabem, reconhecem, aceitam, com dificuldade, com dor de tapa na cara, para voltar do coma. Aceitam que passa. Que já deu.
Os que não...
É duro para eles. Nem mesmo a ofuscação psicotrópica, a luz pouca, cegante, ilusória, a grife no cós da calça, a boa vontade, o vem você mesmo.
Terminam no fim. Fim com ponto final bem fixado. Do tem mais não. Do acorde. Fim com força de fim, mas sem aceitação de fim.
Recusam, seguem. Os outros sabem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário