quinta-feira, 28 de julho de 2011

Alpha 26

Se tem algo que eu acho sinceramente bonito é a ingenuidade. Ela traz aquela arrogância rebelde para a força de luta, do achar que sabe tudo, que está com a razão, que a experiência, esta desalmada, apagou a tapas.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Alguém aí?

Não se manifesta. Nada de recado. Nada de sinais.
Ansiedade arranha. É impertinente. Nada alivia.
Coça. Picada de inseto. Daquela nas costas. Sem alcançar, sem resolver.
Um "oi" ao menos. Um "tá na boa?" Mesmo que por piedade.
Não se maltrata assim quem tem tanto para te dar, quem te elegeu sem ser no espontâneo. Quem, por um motivo desconhecido, se jogou ao teu olhar esperando retorno.
Não foi pedido, não foi eleito, se pudesse nem vinha. Mas veio.
Há algo aí? Dá para sentir que há. Então, que a indiferença acabe.
Um sinal. É o único pedido.

domingo, 10 de julho de 2011

Estou aqui de novo

Acho que me livrei. Acho que minha arrogância é suficiente. Quem minha pseudovontade de revidar resolve.
Nada. Nunca.
Ainda está aqui. Não sei se mais forte, se mais fraco, se o que sempre foi e sempre será.
Mas está.
Dando na minha cara, me chamando de tolo, na maior gargalhada.
Não precisa muito para a chacota começar. Basta um sinal, um lampejo, um deixa eu falar, uma desconfiança de que foi comigo.
Volta tudo. O que achava estar apagado... estar abafado... desligado ao menos... Não está.
Resta-me engolir a empáfia protetora, até inocente, e reconhecer.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Resuma-se e recolha-se

Acha que houve. Acha que causou algum distúrbio. Que foi importante. Significativo.
Nada.
Tudo preenchimento. Tua carência.
Toma. Martelada. Na cabeça.
Carência sua. Distúrbio seu.
O ao redor nem compreende e se compreende esquecerá rápido.

domingo, 3 de julho de 2011

Precipitação

Você que acreditou, que achou ser contigo, que tinha tudo a ver, que os sinais eram claros, deixados de propósito. Nada. Ilusão.
Raciocinou como sendo seu, quando não era.
Gabou-se, quando não era.
Queria que fosse, quando não era.
Precipitou-se, quando não era.
Lamentou-se, por não ser.
Enganam. Se fazem passar, culpados ou inocentes. Mas se fazem. Dissimulam, conscientes ou alienados.
Deletar. Deixar de lado. Outra direção.
Pode ser. Mas, se não for,

Alpha 25

O esnobismo é uma sensação que aproxima undergrounds e elitistas. Cada um destilando empáfia e sentindo mau cheiro de acordo com suas convicções.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Ímãs contidos

Anestesia não precisa vir de química estrangeira ao corpo. Aqui dentro tem. Aqui dentro desenvolve. Basta forçar. A adrenalina briga, é valente, bélica, imperialista.
Mas não invencível.
E a anestesia é paciente, vagarosa, da preguiça. Vai aos poucos, maliciosa, convencendo, enredando, no cafuné, no alisado.
Dissimulada a anestesia. Joga para ela, sabe iludir.
Adrenalina é de vigor aplacável, como todo vigor é. Amacia a cada paulada da realidade.
Pauladas que não custam a vir, que já vieram, de memória explosiva, que produzem a anestesia.
E se tem não a acomodação, mais o conforto, a segurança, a suavidade do que se tem em volta.
Incômodo só quando vibra a telepatia, ordens mentais, ímãs de explicação sensorial.