sexta-feira, 1 de julho de 2011

Ímãs contidos

Anestesia não precisa vir de química estrangeira ao corpo. Aqui dentro tem. Aqui dentro desenvolve. Basta forçar. A adrenalina briga, é valente, bélica, imperialista.
Mas não invencível.
E a anestesia é paciente, vagarosa, da preguiça. Vai aos poucos, maliciosa, convencendo, enredando, no cafuné, no alisado.
Dissimulada a anestesia. Joga para ela, sabe iludir.
Adrenalina é de vigor aplacável, como todo vigor é. Amacia a cada paulada da realidade.
Pauladas que não custam a vir, que já vieram, de memória explosiva, que produzem a anestesia.
E se tem não a acomodação, mais o conforto, a segurança, a suavidade do que se tem em volta.
Incômodo só quando vibra a telepatia, ordens mentais, ímãs de explicação sensorial.

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