sábado, 8 de janeiro de 2011

Adentro do claro-escuro

Madrugada não é fácil. Ir adentro fica para os acima da neutralidade, da covardia, da coragem, que se alimentam de expectativas, nunca desistem, ralam-se no final, no sol raiando, na luz revelando marcas antes invisíveis, dispensáveis.
Portadores de mertiolate natural, produzido pelo próprio corpo, lambem as feridas, aplicam o medicamento e se recolhem.
No casulo, ainda rescusam-se a desmaiar direto, cheios de estimulantes de bolso, solitários ou passados de mão em mão, se aguentam, não desistem, ilusionistas, iludidos, capengam, horas, horas e horas, suportam.
Não dá mais. Não dá mesmo? Não.
É queda. Lona. Nocaute. Sem direito à contagem regressiva, juiz, público, aplauso, vaia. Nem fazem questão.
Erguem-se quando é para se erguer, como podem. Água fria e reestruturação forçada.
Outras luzes agora.

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